caleidos cia
O Caleidos foi criado em 1996 por Isabel Marques.
Em mais de vinte anos de trajetória moveu-se em diversas formações e transformações; estruturou-se como projeto tanto no campo da educação quanto no campo da arte. Pioneiro na interatividade em dança e nas propostas dramatúrgicas que incorporam o público, o Caleidos desenvolveu o conceito de proposição cênica por meio do movimento compartilhado e do jogo em cena. O Caleidos Cia de Dança produz arte comprometida com a educação - sem didatismos ou escolarização - e educação comprometida com contextos sociais - sem panfletos ou discursos.
Por meio do Instituto Caleidos, produz arte/educação comprometida com a transformação de pessoas e espaços sociais.
Fábio Brazil juntou-se ao Caleidos em 1998. Naquele momento, a busca por formas de aproximar a poesia das artes de performance encontrou nas propostas de trabalho de Isabel Marques tanto para a dança quanto para a educação um espaço de pesquisa e criação ideal para o desenvolvimento dessa interface. Em seu aprofundamento artístico, tornou-se dramaturgo, diretor, cenógrafo e fotógrafo do Caleidos Cia de Dança. Criou e dirige o Núcleo de Pesquisa Permanente .
Tomando a palavra em estado de poesia como um elemento articulador do espetáculo de dança (dramaturgia e diálogo estrutural com a coreologia), desde 2001 foram produzidos 8 espetáculos: Silêncio, Gaiola, Lugar Comum, Para o Seu Governo, Mairto, Via Urbis, Ana Bastarda e A Notícia. Ainda, desenvolveu outras dramaturgias em parceria com Isabel Marques: Mapas Urbanos, Nós S/A e Ares Familiares. Isabel Marques dirigiu e traduziu em dança a poesia de todos esses trabalhos.
Silêncio / 2001
primeiro trabalho do Caleidos Cia na interface poesia e dança. Poemas ocupando o papel tradiconal da música e propondo a dramaturgia a partir da visão das muitas dimensões de um fragmento de tempo
Gaiola / 2003
dramaturgia mais narrativa, a palavra em seu lugar tradicional - prosa falada. Relações de poder que vão envolvendo as personagens e o público por meio da fala e do silenciamento
Lugar Comum / 2005
dramaturgia costurada por poemas de D. H. Lawrence. A poesia ocupando o lugar da iluminação e revelando aspectos não imediatamente visíveis das cenas
Para o Seu Governo / 2011
um mergulho na sobreposição de discursos. poemas, spans de propagandas e vírus e dados estatísticos se misturando num ambiente imersivo de dança e poesia ao mesmo tempo na cena. Raro equilíbrio de dança, poesia e interação
Mairto / 2013
uma notícia de jornal desdobrada em poemas, poemas desdobrados em cenas de dança. Poesia invadindo o espaço da relação entre os atores-bailarinos, a dança inavadindo o lugar do jogo em cena
Via Urbis / 2016
uma visita à Via Crucis por meio da poesia e da dança. Espetáculo em trânsito, misto de cortejo e procissão. Dramaturgia proposta a partir das 15 estações da Via Crucis para discutir a cidade que nos condena (apresentado na Semana Santa). Poemas ocupando o papel dos cantos tradicionais das procissões
Ana Bastarda / 2016
poemas cartas biográficas pontuando o espetáculo. A personagem "viajante" percorrendo o tempo por meio de relatos em primeira pessoa enquanto desenvolvem-se cenas que tratam da condição social da mulher
A Notícia / 2017
multiplicidade de discursos, vozes se entrelaçando - ciência, religião, noticiário, relato pessoal. Tornar o texto o mais próximo do ator-bailarino, construção de espaço de fala e interferência nas narrativas pessoais
Silêncio / 2019
retomada do primeiro trabalho do Caleidos Cia na interface poesia e dança. Um mergulho numa nova perspectiva de um trabalho já montado, poesia em estado de partilha com o público